quinta-feira, 28 de maio de 2015

A indissolubilidade do matrimônio não é uma carga, mas uma graça



“Uma só carne em um só espírito” é o título do novo livro do Pe. José Granados, consultor da Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano e vice-presidente do Pontifício Instituto João Paulo II, que medita no texto sobre a teologia do matrimônio ao serviço da sociedade e da Igreja.


Em declarações ao Grupo ACI em Roma, o Pe. Granados explicou: “O objetivo do livro é mostrar a beleza do plano de Deus sobre o matrimônio e a família”.
O sacerdote especialista neste tema exortou a reforçar o vínculo entre a família e a fé para enfrentar os desafios atuais: A família está em crise: o divórcio, modelos de família contrários ao Evangelho, crianças abandonadas, o aborto... É certo, existem problemas, mas acima de tudo a família é uma boa notícia e a indissolubilidade (do matrimônio) não é uma carga, é uma graça que brota do Evangelho cristão”.
“O grande desafio não é o que a sociedade propõe, mas principalmente o que Deus propõe através da Igreja, dando-lhe o dom da família”, falou o perito a respeito do Sínodo de Outubro a ser realizado este ano no Vaticano e que terá por tema os desafios pastorais da família no contexto da Nova Evangelização.
“Deus propõe um desafio, porque deu à Igreja um dom que é a família e pede que a cultive, promova e se faça crescer esse dom. Deste ponto de vista podemos orientar as dificuldades, como por exemplo o tema dos divorciados, com uma grande compaixão pelo sofrimento de muitas pessoas. E finalmente, compreender que quando a Igreja anuncia o Evangelho e a indissolubilidade do matrimônio, não faz esse anuncio como uma teoria, mas como um dom concreto. Pois é desta maneira como pode servir melhor as pessoas”, explicou o Pe. Granados.
O sacerdote disse também ao Grupo ACI: “Cristo coloca o matrimônio no centro do Evangelho (…). Existe uma ‘boa notícia” sobre o matrimônio e a família que a Igreja quer anunciar e dar importância na sociedade tão secularizada em que vivemos”.
O propósito deste livro é iluminar o tema do matrimônio e sua adequada compreensão, pois “é um sacramento muito especial que possui a força para mudar a sociedade”. O Pe. Granados afirmou também que “a teologia do matrimônio o permite pois através do amor indissolúvel entre o homem e a mulher é estabelecida uma célula para o bem dos filhos”.
Em Jesus é possível viver o amor humano porque no sacramento, expressou o sacerdote, “Cristo dá seu próprio amor aos cônjuges para que se amem da mesma maneira que Ele ama a Igreja”.
Este sacerdote, dos Discípulos dos Corações de Jesus e de Maria, mencionou sobre o tema da comunhão para os divorciados que voltaram a casar pelo civil e sublinhou: “A Igreja não busca julgar, mas seu objetivo é curar o coração das pessoas, pois “o matrimônio indissolúvel é um chamado que Deus faz e poder acompanhar as pessoas para que respondam a esta vocação é a grande misericórdia da Igreja”.
O Pe. Granados indicou também: “Devemos compreender que a misericórdia de Deus não é somente olhar-nos com compaixão, mas curar as feridas e ajudar-nos a caminhar”.
“Isto permite que a Igreja veja que dar a comunhão aos divorciados não é uma solução e pode procurar outras soluções: inventar outros caminhos para acompanhar os divorciados em nova união civil, para que possam viver à altura da Eucaristia e do sacramento”, concluiu o sacerdote.
O livro do Pe. Granados é lançado meses antes da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Francisco de 4 a 25 de outubro deste ano, nos chama a meditar sobre “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.
A primeira parte do livro, titulada “Uma só carne”, é inspirada no livro do Gênesis pois é a expressão usada para falar do matrimônio indissolúvel. A segunda parte, “Um só espírito”, recorda que o Matrimônio é um dom do Espírito Santo.

Por Marta Jiménez

Fonte:http://www.acidigital.com/noticias/a-indissolubilidade-do-matrimonio-nao-e-uma-carga-mas-uma-graca-explica-perito-17777/







A vida começa na concepção


O QUE A IGREJA CATÓLICA ENSINA SOBRE A ANTICONCEPÇÃO


1. Para que serve a união sexual?
Para exprimir o amor entre os cônjuges e para transmitir a vida humana.

2. Toda relação sexual tem que gerar filhos?
Não necessariamente. Mas ela deve estar sempre aberta à procriação. Senão ela deixa de ser um ato de amor para ser um ato de egoísmo a dois.

3. Uma mulher depois da menopausa não pode mais ter filhos. Ela pode continuar a ter relações sexuais com seu marido?
Pode. Pois não foi ela quem pôs obstáculos à procriação. Foi a própria natureza que a tornou infecunda.

4. Um homem que tenha o sêmen estéril não pode ter filhos. Mesmo assim ele pode ter relação sexual com sua esposa?
Pode. Pois não foi ele quem pôs obstáculos à procriação. Foi a própria natureza que o tornou infecundo.

5. E se o homem ou a mulher decidem por vontade própria impedir que a relação sexual produza filhos?
Neste caso eles estarão pecando contra a natureza. Pois é antinatural separar a união da procriação.

6. Quais são os meios usados para separar a união da procriação?
Há vários meios, todos eles pecaminosos:
a) o onanismo ou coito interrompido: consiste em interromper a relação sexual antes da ejaculação (ver Gn 38,6-10)
b) os métodos de barreira, como o preservativo masculino (condom ou “camisinha de vênus”), o diafragma e o preservativo feminino.
c) as pílulas e injeções anticoncepcionais, que são substâncias tomadas pela mulher para impedir a ovulação.

7. Como é que a pílula anticoncepcional funciona?
A pílula anticoncepcional é um conjunto de dois hormônios - o estrógeno e a progesterona - que a mulher toma para enganar a hipófise (uma glândula situada dentro do crânio) e impedir que ela produza o hormônio FSH, que faz amadurecer um óvulo. A mulher que toma pílula deixa de ovular, pois a hipófise está sempre recebendo a mensagem falsa de que ela está grávida.

8. A pílula é um remédio para não ter filhos?
Você não chamaria de remédio a um comprimido que alguém tomasse para fazer o coração parar de bater ou para fazer o pulmão deixar de respirar. O que a pílula faz é que o ovário (que está funcionando bem) deixe de funcionar. Logo ela não é um remédio, mas um veneno.

9. Quais são os efeitos desse veneno?
Além de fechar o ato sexual a uma nova vida, a pílula – conforme estudos realizados – expõe a mulher a graves conseqüências para a sua saúde. Eis algumas delas:
doenças circulatórias: varizes, tromboses cerebrais e pulmonares, tromboflebites, trombose da veia hepática, enfarto do miocárdio;
aumento da pressão arterial;
tumores no fígado;
câncer de mama;
problemas psicológicos, como depressão e frigidez;
obesidade;
manchas de pele;
cefaléias (dores de cabeça);
certos distúrbios de visão;
aparecimento de caracteres secundários masculinos;
envelhecimento precoce.
(Cf. GASPAR, Maria do Carmo; GÓES, Arion Manente. Amor conjugal e paternidade responsável. 2. ed. Vargem Grande Paulista: Cidade Nova, 1984, p. 50-51.)

10. É verdade que as pílulas de hoje têm menos efeitos colaterais do que as de antigamente?
É verdade. Para reduzir os efeitos colaterais, os fabricantes diminuíram a dose de estrógeno e progesterona presentes na pílula. Isto significa que cada vez menos a pílula é capaz de impedir a ovulação.

11. Assim as mulheres de hoje que usam pílula podem ovular?
Podem. E, caso tenham relação sexual, podem conceber. Mas quando a criança concebida na trompa chegar ao útero, não encontrará um revestimento preparado para acolhê-la. O resultado será um aborto.

12. Então a pílula anticoncepcional é também abortiva?
Sim. Este é um dos seus mecanismos de ação: impedir a implantação da criança no útero. Isto está escrito, por exemplo, na bula de anticoncepcionais como Evanor e Nordette: “mudanças no endométrio (revestimento do útero) que reduzem a probabilidade de implantação (da criança)”. A bula de Microvlar diz: “Além disso, a membrana uterina não está preparada para a nidação do ovo(a criança)”.

13. Em resumo, quais são os mecanismos de ação das pílulas ou injeções anticoncepcionais?
a) inibir a ovulação;
b) aumentar a viscosidade do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozóides;
c) impedir a implantação da criança concebida (aborto).

14. Existem dias em que a mulher não é fértil. Nesses dias o casal pode ter relação sexual?
Pode. Pois ao fazer isso eles não colocam nenhum obstáculo à procriação. A própria natureza é que não é fértil naqueles dias.

15. O casal pode procurar voluntariamente ter relações sexuais somente nos dias que não são férteis, a fim de impedir uma nova gravidez?
Pode, mas deve ter razões sérias para isso. Pois em princípio um filho não deve ser “evitado”, mas desejado e recebido com amor. Uma família numerosa sempre foi considerada uma bênção de Deus (Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2373).

16. Como se chama a abstinência de atos conjugais nos dias férteis?
Chama-se continência periódica. É popularmente conhecida como “método natural” de regulação da procriação. Não se deve falar em “planejamento familiar”, pois esse termo foi criado pelos defensores do aborto, da esterilização e da anticoncepção. Os documentos oficiais da Igreja nunca usam a expressão “planejamento familiar”. Ao contrário, usam paternidade responsável ou procriação responsável.

17. Que diz a Igreja sobre a paternidade responsável?
“Em relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, a paternidade responsável exerce-se tanto com a deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como com a decisão, tomada por motivos graves e com respeito à lei moral, de evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento” (Paulo VI, Encíclica Humanae Vitae, n.º 10).

18. Dê exemplos de motivos graves que seriam válidos para se limitar ou espaçar os nascimentos através da continência periódica.
Nas palavras de Dom Rafael Llano Cifuentes, “já que o matrimônio se ordena, por sua própria natureza, aos filhos, esta decisão [de praticar a continência periódica] só se justifica em circunstâncias graves, de ordem médica, psicológica, econômica ou social”.
As razões médicas “poderiam reduzir-se a duas:
1º) perigo real e certo de que uma nova gravidez poria em risco a saúde da mãe;
2º) perigo real e certo de transmitir aos filhos doenças hereditárias”.
“As razões psicológicas estão constituídas por determinados estados de angústia ou ansiedade anômalas ou patológicas da mãe diante da possibilidade de uma nova gravidez”.
“As razões econômicas e sociais são aquelas situações problemáticas nas quais os cônjuges não podem suportar a carga econômica de um novo filho; a falta de moradia adequada ou a sua reduzida dimensão, etc.
Estas razões são difíceis de avaliar, porque o padrão mental é muito variado e porque se introduzem também no julgamento outros motivos como o comodismo, a mentalidade consumista, a visão hipertrofiada dos próprios problemas, o egoísmo, etc.” (CIFUENTES, Rafael Llano. 274 perguntas e respostas sobre sexo e amor. 2. ed. Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1993. p. 141.)

19. Um casal poderia utilizar a continência periódica sem ter nenhum motivo sério para espaçar ou limitar o número de filhos?
Não. Se fizesse isso estaria frustrando o plano de Deus, que disse: “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 1,22). Para evitar que o casal decida valer-se da continência periódica por motivos egoísticos, a Igreja dá aos confessores a seguinte orientação: “... será conveniente [para o confessor] averiguar a solidez dos motivos que se têm para a limitação da paternidade ou maternidade e a liceidade dos métodos escolhidos para distanciar e evitar uma nova concepção” (PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A FAMÍLIA, Vade-mécum para os confessores sobre alguns temas de moral relacionados com a vida conjugal, 1997, n.º 12).

20. É mais fácil educar um só filho do que muitos?
O Papa João Paulo II, quando ainda era cardeal de Cracóvia, escreveu: “A família é na realidade uma instituição educadora, portanto é necessário que ela conte, se for possível, vários filhos, porque para que o novo homem forme sua personalidade é muito importante que não seja único, mas que esteja inserido numa sociedade natural. Às vezes fala-se que é ‘mais fácil educar muitos filhos do que um filho único’. Também diz-se que ‘dois não são ainda uma sociedade; eles são dois filhos únicos’”(WOJTYLA, Karol. Amor e responsabilidade: estudo ético. São Paulo: Loyola, 1982. p. 216.)
De fato, o filho único está arriscado a ser uma criança problema. Recebe toda a atenção dos pais e não está acostumado a dividir. Poderá ter dificuldade no futuro ao ingressar na sociedade civil. Já um filho com muitos irmãos acostuma-se desde pequeno às regras do convívio social. Os irmãos maiores ajudam a cuidar dos menores, e todos crescem juntos.

21. Quantos métodos naturais existem para regulação da procriação?
Existem vários métodos usados para se identificar os dias férteis da mulher, a fim de que o casal possa praticar a continência periódica.
a) o método Ogino-Knauss, ou método da tabela. É o mais antigo de todos e tem pouca eficácia. Hoje seu uso está abandonado.
b) o método da temperatura. Baseia-se na observação da temperatura da mulher, que varia quando ocorre ovulação. O aparelho Mini-Sophia é uma versão eletrônica e computadorizada do uso deste método.
c) o método Billings, que se baseia na observação do muco cervical, que se torna fluido e úmido nos dias férteis, e seco nos dias inférteis. Não exige que o ciclo menstrual seja regular. Pode ser usado pelos casais mais pobres e mais incultos.

22. É verdade que o método Billings “não funciona”?
“Não funciona” para os fabricantes de anticoncepcionais, que não querem perder seus lucros. Mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a eficiência do método é de 98,5 %. Ele foi testado em diversos países como Filipinas, Índia, Nova Zelândia, Irlanda e El Salvador.

23. Mas não é muito mais cômodo tomar a pílula anticoncepcional do que abster-se de relações sexuais em certos dias?
Sem dúvida é mais cômodo. Mas o verdadeiro amor se prova pelo sacrifício.

24. E se a mulher engravidar apesar de praticar a continência periódica?
O filho deve ser recebido com amor e alegria. Aliás, o casal já deveria estar contando com esta possibilidade. A atitude de abertura à vida é fundamental para o verdadeiro amor.

Por: Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis

Fonte:http://www.providaanapolis.org.br/index.php/todos-os-artigos/item/110-a-anticoncep%C3%A7%C3%A3o-em-perguntas-e-respostas

PECADO MORTAL- A MELHOR CARONA PARA O INFERNO...

MEDITAÇÃO SOBRE OS NOVÍSSIMOS DO HOMEM


“Em todas as tuas obras, lembra-te dos teus novíssimos, e jamais pecarás" (Eclo 7, 40).

Outro dia estava meditando nesta verdade contida no Livro do Eclesiástico e em como ela é essencial para nossa salvação, pois, quando contemplamos seriamente os Novíssimos do Homem, ou seja, os últimos acontecimentos que nos sucederão no fim da vida: a morte, o juízo, o destino eterno (céu ou Inferno), dificilmente ofendemos a Deus com o pecado.
Infelizmente, a verdade parece ser bem diferente. Estamos submersos numa sociedade que não se cansa de cair nas "pegadinhas" do Demônio. E a pior delas é a "pegadinha" do ateísmo prático, ou seja, de viver como se "Deus não existisse" e assim, considerar-se livre para fazer o que quiser, independentemente de que isso resulte em uma ou várias ofensas a Deus, a si mesmo e o próximo.
A cada instante, principalmente pelos meios de comunicação social (e aqui sublinho as NOVELAS) os inimigos de Deus gritam sugestivamente aos homens:"'vamos curtir a vida', vamos viver UMA SEXUALIDADE DESREGRADA E ATÉ ANTI-NATURAL, imersos no egoísmo, adultério, na luxúria, pornografia, fornicação, soberba, avareza, inveja, ira, gula, preguiça, maldade, violência, maledicência, imoralidades, bebedeiras, orgias, etc, sem nos preocuparmos com as consequências dos nossos atos, pois pouco importa o que acontecerá após a morte uma vez que 'Deus não existe'”! O problema é que essa sugestão diabólica não passa de uma "pegadinha" letal.
Recordemos aqui as célebres palavras do Papa Bento XVI: “No nosso tempo verificou-se um fenômeno particularmente perigoso para a fé: de fato, existe uma forma de ateísmo que definimos «prático», no qual não se negam as verdades da fé ou os ritos religiosos, mas simplesmente se consideram irrelevantes para a existência quotidiana, destacadas da vida, inúteis. Então, com frequência, cremos em Deus de modo superficial, e vivemos «como se Deus não existisse» (etsi Deus non daretur). Mas, no final este modo de viver resulta ainda mais destrutivo, porque leva à indiferença à fé e à questão de Deus. (AUDIÊNCIA GERAL, 14 de Novembro de 2012).
Em Novembro de 2013, o Papa Francisco afirmou que o “ateísmo prático” da sociedade contemporânea limita os horizontes da vida e pediu aos cristãos que sejam solidários com os que sofrem, sem medo da morte: “Existe um ateísmo prático, que é um viver só para os próprios interesses e as coisas terrenas. Se nos deixarmos apanhar por esta visão errada da morte, não temos outra escolha a não ser ocultar a morte, negá-la ou banalizá-la, para que não nos assuste”.
É interessante ressaltar que apesar do mundo querer viver “como se Deus não existisse” e de desprezar a morte e o que ocorrerá depois dela, dificilmente alguém quer morrer e muito menos ir para o inferno (como vimos no vídeo).
No fundo, até aqueles que dizem não acreditar em nada, creem no que nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (1021-1022): “a morte põe termo à vida do homem, enquanto tempo aberto à aceitação ou à rejeição da graça divina, manifestada em Jesus Cristo... Ao morrer, cada homem recebe na sua alma imortal a retribuição eterna, num juízo particular que põe a sua vida em referência a Cristo, quer através de uma purificação, quer para entrar imediatamente na felicidade do céu, quer para se condenar imediatamente para sempre”.
Aqui abro um parêntese para afirmar que o Inferno existe e não está anulado pela "Misericórdia de Deus" (ver Catecismo da igreja Católica, 1033-1036). Morrer em pecado mortal, sem estar arrependido nem acolher o amor misericordioso de Deus é escolher ir para o Inferno para sempre.
“O ensinamento da Igreja afirma a existência do inferno e da eternidade. As almas daqueles que morrem em pecado mortal descem aos infernos imediatamente depois da morte e ali sofrem as penas do inferno, “o fogo eterno”. A pena principal do inferno consiste na separação eterna de Deus em quem unicamente o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e pelas quais aspira”. (Ver Catecismo da igreja Católica, 1033-1036)
Os Santos, no entanto, não só tinham meditavam os Novíssimos frequentemente, mas também pregavam sobre eles aos outros. Um deles foi o grande Santo Afonso Maria de Ligório, Doutor da Igreja. Em seu livro intitulado “Preparação para a morte” ele nos ajuda a contemplar sobre essa realidade dos Novíssimos.
Aqui trago alguns trechos desse livro que encontrei no site do Lepanto. Meditemo-los para a nossa conversão e consequente salvação.

Pollyanna Costa

Fonte:https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1606349149621413&id=1563845390538456


A Igreja Católica de volta para os católicos!

Reflexões de Paulo Jacobina, Procurador Regional da República e Mestre em Direito Econômico. Pleitear a devolução da Igreja para os católicos não significa, de jeito nenhum, descuidar do grande diálogo com o mundo e com a cultura contemporânea.

Há um momento oportuno, com a renovação na direção da CNBB, para que finalmente soltemos um grito que está preso há muitos anos nas gargantas dos católicos do Brasil: precisamos da CNBB cada vez mais para os católicos. Precisamos acabar com este vago desconforto que os católicos mais simples, os que acreditam no Credo e tentam viver como manda a Igreja, sentem quando entram em muitas paróquias, sedes diocesanas e outros órgãos eclesiais católicos, de que estão entrando em centros de política partidária de esquerda, altamente laicizados.
Pode parecer pretensioso que um leigo se ponha a externar propostas de caminhos ou reformas na vida religiosa da Igreja; mas uma vez que nossos Bispos estão promovendo movimentos de rompimento constitucional na vida política, coletando assinaturas para reformas políticas visivelmente de esquerda e inclusive propondo a instalação de assembleia constituinte para modificar a Constituição Federal no meio da crise econômica e política mais séria que o Brasil já teve desde a redemocratização, e motivada pelas más opções ideológicas que estão presidindo a vida pública no Brasil - tomadas exatamente pelos grupos que serão beneficiados pela reforma política que a Igreja brasileira agora promove - essa fronteira fica, digamos, borrada: se os clérigos empenham seu precioso tempo em complicar os assuntos políticos, resta a nós, leigos, arcar com a situação um tanto desorganizada que se apresenta na nossa vida religiosa negligenciada. É preciso rezar. Alguém tem que fazê-lo.
Compreendemos que, no período da ditadura militar e da empolgação com uma leitura “descontinualista”, ou "de ruptura", do Vaticano II, e com a empolgação com uma “teologia da libertação” que nasceu na Alemanha e na URSS e foi trazida para a América Latina por alguns teólogos que estudaram ali no final da década de sessenta e na década de setenta, como se fosse uma “teologia latino-americana”, mas que na verdade é uma ideologia estrangeira que apenas tirou Jesus do centro da fé, retirando da Bíblia e da Tradição sua autoridade de Revelação, para substituí-los pelo socialismo, pelo “Pobre” e “Oprimido”, e por Marx e Gramsci, tenhamos perdido uma parte da Igreja brasileira para os esquerdistas, marxistas e socialistas. Isto decorreu, em grande parte, da circunstância política de então e, muitas vezes, da omissão dos bons católicos. Não se pode negar que alguma coisa boa ficou. Mas muita coisa péssima, também. Mas ainda há tempo de mudar.
É necessário iniciar uma grande corrente de oração, em frente às cúrias diocesanas, sedes de institutos religiosos e da CNBB ou mesmo paróquias pelo Brasil inteiro: a Igreja Católica de volta para os católicos! Seria talvez o caso de reunir semanalmente um grupo de leigos para rezar o terço nesta intenção, nas portas desses lugares, ou seja, cumprir o pedido do Papa Francisco de que todos rezemos pela fé dos nossos padres e bispos. É preciso que os bons padres e principalmente os bons bispos vejam que nós, povo católico, queremos que eles se posicionem mais corajosamente frente àqueles que já não têm fé, mas apenas querem usar a Igreja para fazer política ideológica. Eles podem parecer fortes, podem parecer maioria, mas não são. Estamos do lado de vocês: desafiem-nos com a verdade cristã! Deixemos de lado o engajamento político eclesial socialista, proponham-nos a verdadeira fé cristã, e sua verdadeira doutrina social. Quanto mais resgatarmos a verdadeira fé, mais gente haverá com vocês, do lado de Deus e da fé católica. E mais nossos pobres serão amados e nossos ricos, evangelizados. Ousemos retomar nossa identidade!
Pleitear a devolução da Igreja para os católicos não significa, de jeito nenhum, descuidar do grande diálogo com o mundo e com a cultura contemporânea, nem de abandonar o fervor missionário e evangelizador, nem de diminuir eventuais esforços de diálogo ecumênico e inter-religioso. o problema é que, muitas vezes a pretexto de diálogos assim, nós católicos perdemos a noção de quem somos. Vemos alguns de nossos pastores, ou seus delegados, a título de "diálogo com o mundo contemporâneo", tornarem-se algumas vezes tão mundanos quanto o mundo. A título de "diálogo com a cultura atual", renegarem o legado da Tradição católica. Ou a título de diálogo ecumênico, tornarem-se mais protestantes que os protestantes. para que o diálogo entre os católicos e estas realidades aconteça realmente, é preciso que do lado dos católicos haja verdadeiros católicos. Dialogar não significa renunciar nossa identidade, nem encher a Igreja de gente sem fé. Se não, não se trata de diálogo, mas de renúncia e destruição da própria Igreja.
Assim, como proposta de intenções a serem incorporadas nessa grande reza do terço em prol da fé católica em nosso país, sugerimos as seguintes:
- Que os sacerdotes estejam disponíveis aos fiéis leigos para as celebrações sacramentais, e que aconselhem o povo de Deus a frequentar a missa e educar seus filhos na fé católica.
- Que os sacerdotes voltem a estar disponíveis para confessar o povo, e ensinem aos leigos que a confissão sacramental, aliás a participação efetiva na vida sacramental como um todo, nunca foi revogada pelo Concílio Vaticano II.
- Os sacerdotes voltem a usar trajes eclesiásticos, conforme o direito canônico.
- Os religiosos voltem a rezar, e a usar os hábitos estabelecidos pelas respectivas regras de vida. Em especial os de vida ativa.
- As escolas e universidades católicas voltem a ser confessionais, e não apenas vagamente “espiritualizadas”.
- Os professores e formadores de seminário ensinem aos seminaristas a reta fé cristã, exposta em documentos como a “Dominus Jesus” e a “Libertatis Nuntius”, e sejam, caridosamente, impedidos de usar autores que solapam e destroem a fé católica, já notificados ou não pela Congregação da Doutrina da Fé. Que todo marxismo, toda teologia liberal protestante e todo enfraquecimento das normas de castidade e de disciplina sacerdotal seja banido dos seminários.
- Que a liturgia da Igreja tenha sua referência no Missal romano atualmente em vigor no mundo inteiro, revisando-se as traduções aberrantes como por exemplo falar “Ele está no meio de nós” quando toda a Igreja do mundo inteiro, durante os últimos dois mil anos, falou “et cum spiritu tuum”.
- Que invencionices locais bizarras, como o uso de música popular, as “respostas às orações eucarísticas” e a substituição de textos canônicos por poemas e outros textos não-bíblicos sejam proibidos. Que se eliminem as “homilias” paralelas feitas por “apresentadores” e “comentaristas” da missa que mais parecem os verdadeiros presidentes das celebrações, e que introduzem ritos descabidos e invencionices que descaracterizam o verdadeiro rito litúrgico, a ponto de o fiel desavisado duvidar se está mesmo na missa.
- Que se esvaziem os presbitérios das multidões de leigos uniformizados, devolvendo o centro da vida litúrgica para os sacerdotes e o centro da vida social e política para os leigos. Pela reversão da tendência de "clericização dos leigos", juntamente com a tendência de "laicização do clero".
- Que os catequistas ensinem aos catequizandos a verdadeira doutrina católica, e não uma “sociologia das religiões” ou uma espiritualidade meio difusa estilo new age. Que os sacerdotes se comprometam com a catequese, e acompanhem efetivamente os catequistas leigos no seu dia-a-dia.
- Não se trata de fazer a missa voltar a ser celebrada em latim. Mas que a língua utilizada nas celebrações litúrgicas seja ao menos uma língua utilizada pelos seres humanos, deixando as línguas angélicas para as celebrações ocorridas nas esferas dos anjos.
- Que as homilias passem a ser de novo para a edificação das almas na fé e na moral, e não para a “luta social” ou para a promoção de um “ecumenismo” vago ou uma “religiosidade” abstrata.
- Que as editoras católicas publiquem a verdadeira doutrina católica, e sejam fortemente recomendadas a retirar de catálogo autores já notificados pela Congregação da Doutrina da Fé da Santa Sé ou das respectivas Conferências Episcopais dos países de origem.
- Que os Bispos voltem a ser nossos guias seguros de fé e moral em todas as dioceses.
- Que os marxistas, os ateus e os não-católicos em geral que atualmente compõem as “comissões de Justiça e Paz” no Brasil inteiro sejam convidados a se converter e sejam efetivamente evangelizados, inclusive encaminhados para viver efetivamente uma vida sacramental.
- Que as campanhas da fraternidade e as “vias-sacras”, bem como os documentos da CNBB, deixem de lado as categorias sociológicas da “opressão” e da “luta de classes”, e a ideia de que os “pobres”, e não Jesus Cristo, são o centro da fé, para refletir a verdadeira Doutrina Social da igreja existente no respectivo Compêndio.
- Que nossos bispos e padres deixem de ser “intelectuais orgânicos”, líderes políticos ou militantes sociais e voltem a ser bispos e padres católicos.
Esta relação é exemplificativa, mas mostra como poderíamos usar, construtivamente, a energia que hoje usamos para combater o projeto de reforma política desastrosa que está sendo gerada no seio da Igreja brasileira para fazer aquilo que, acredito, é o anseio de muitos: ter, no Brasil, uma Igreja Católica cada vez mais santa, para construir um povo brasileiro mais santo, mais feliz, mais livre e mais próspero de verdade. Sem Marx. Sem Gramsci. Com Jesus.

Fonte: http://www.zenit.org/pt/articles/a-igreja-catolica-de-volta-para-os-catolicos

Por que preciso de direção espiritual?







Desde que nascemos, precisamos da ajuda do outro. No nascimento, precisamos dos cuidados de nossos pais, precisamos do alimento, do leite materno que não pode ser descartado ou substituído por outro alimento, pois este tem sua riqueza em vitaminas. Para a criança recém-nascida não tem jeito, ela precisa do leite humano.
Deve ser por isso que Deus quis criar o ser humano. O Senhor quis que as pessoas se relacionassem; por isso criou a mulher, a fim de que ela fosse companheira, uma “auxiliar que correspondesse a ele” (Gn 2,20).
Assim, isso também se aplica à vida espiritual. Por mais que já tenhamos um bom tempo de caminhada ao lado de Deus – sejam cinco, dez, vinte anos servindo num grupo, numa pastoral –, para que possamos dar algo precisamos também receber, precisamos de alguém que nos instrua, que nos ilumine nas decisões. Por isso há a necessidade não só de formação, mas de alguém que caminhe conosco e nos ajude a discernir quais passos devem ser dados.
Vamos usar alguns termos para que esta reflexão fique clara: “acompanhador” e “acompanhado”. Acompanhador é o diretor espiritual; acompanhado, aquele que é dirigido.
No acompanhamento espiritual, pode haver um momento de “tirar as dúvidas”; contudo, nesse sentido, o acompanhado deve buscar formação, por isso o acompanhamento trata-se de um diálogo, uma partilha entre acompanhado e acompanhador, para que tal situação seja iluminada. Por essa razão, a vida de oração é imprescindível. Atenção! A vida de oração precisa ser vivida pelo acompanhador e pelo acompanhado; senão, fica muito fácil cobrar o acompanhador e jogar a responsabilidade sobre ele.
Por que preciso de um acompanhador espiritual? Porque preciso dos outros não só nas realidades básicas, humanas e profissionais, mas também na realidade espiritual. Muitas vezes, erramos, porque não temos alguém, ao nosso lado, para nos escutar, para dar uma luz sobre esse ou aquele assunto.
Preciso de direção espiritual, porque necessito de ajuda, porque sou falho, porque não sou perfeito. A busca por um acompanhador espiritual é também uma atitude de humildade, um remédio contra a autossuficiência, contra o orgulho. Preciso de um acompanhador, porque nem sempre estou certo. Se precisei de alguém quando criança, quando adolescente e até adulto para realizar algumas tarefas, mesmo com alguma autonomia e autoridade, preciso do outro para continuar acertando ou para errar menos.
Por fim, o acompanhador é uma boa ajuda para que se viva bem a vida espiritual e, consequentemente, para que se viva bem as outras realidades da vida, pois estão estreitamente ligadas. Quando eu estiver bem com Deus, estarei bem com o outro, estarei bem com a vida profissional, e todas as outras coisas deslancharão. E mesmo que as outras realidades não estejam bem, o fato de estar bem espiritualmente, de estar sendo acompanhado, faz com que eu tenha paciência, sobriedade e calma com as confusões ao meu redor, “mesmo que a figueira não renove seus brotos, a parreira deixe de produzir, se as ovelhas desaparecerem dos pastos, estarei feliz no Senhor (Hab 3,17-18). Não significa ser passivo, mas, sendo acompanhado, terei calma para ver tal situação como um desafio a ser vencido, à luz do Espírito Santo, com diálogo e esperança.
Fonte:http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/por-que-preciso-de-direcao-espiritual/




Padre Márcio do Prado, natural de São José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de dezembro de 2009, cujo lema sacerdotal é “Fazei-o vós a eles” (Mt 7,12), padre Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn