MEDITAÇÃO SOBRE OS NOVÍSSIMOS DO HOMEM
“Em todas as tuas obras, lembra-te dos teus novíssimos, e jamais pecarás" (Eclo 7, 40).
Outro dia estava meditando nesta verdade contida no Livro do
Eclesiástico e em como ela é essencial para nossa salvação, pois, quando
contemplamos seriamente os Novíssimos do Homem, ou seja, os últimos
acontecimentos que nos sucederão no fim da vida: a morte, o juízo, o destino
eterno (céu ou Inferno), dificilmente ofendemos a Deus com o pecado.
Infelizmente, a verdade parece ser bem diferente. Estamos
submersos numa sociedade que não se cansa de cair nas "pegadinhas" do
Demônio. E a pior delas é a "pegadinha" do ateísmo prático, ou seja,
de viver como se "Deus não existisse" e assim, considerar-se livre
para fazer o que quiser, independentemente de que isso resulte em uma ou várias
ofensas a Deus, a si mesmo e o próximo.
A cada instante, principalmente pelos meios de comunicação
social (e aqui sublinho as NOVELAS) os inimigos de Deus gritam sugestivamente
aos homens:"'vamos curtir a vida', vamos viver UMA SEXUALIDADE DESREGRADA
E ATÉ ANTI-NATURAL, imersos no egoísmo, adultério, na luxúria, pornografia,
fornicação, soberba, avareza, inveja, ira, gula, preguiça, maldade, violência,
maledicência, imoralidades, bebedeiras, orgias, etc, sem nos preocuparmos com
as consequências dos nossos atos, pois pouco importa o que acontecerá após a
morte uma vez que 'Deus não existe'”! O problema é que essa sugestão diabólica
não passa de uma "pegadinha" letal.
Recordemos aqui as célebres palavras do Papa Bento XVI: “No
nosso tempo verificou-se um fenômeno particularmente perigoso para a fé: de
fato, existe uma forma de ateísmo que definimos «prático», no qual não se negam
as verdades da fé ou os ritos religiosos, mas simplesmente se consideram
irrelevantes para a existência quotidiana, destacadas da vida, inúteis. Então,
com frequência, cremos em Deus de modo superficial, e vivemos «como se Deus não
existisse» (etsi Deus non daretur). Mas, no final este modo de viver resulta
ainda mais destrutivo, porque leva à indiferença à fé e à questão de Deus.
(AUDIÊNCIA GERAL, 14 de Novembro de 2012).
Em Novembro de 2013, o Papa Francisco afirmou que o “ateísmo
prático” da sociedade contemporânea limita os horizontes da vida e pediu aos
cristãos que sejam solidários com os que sofrem, sem medo da morte: “Existe um
ateísmo prático, que é um viver só para os próprios interesses e as coisas
terrenas. Se nos deixarmos apanhar por esta visão errada da morte, não temos
outra escolha a não ser ocultar a morte, negá-la ou banalizá-la, para que não
nos assuste”.
É interessante ressaltar que apesar do mundo querer viver “como
se Deus não existisse” e de desprezar a morte e o que ocorrerá depois dela,
dificilmente alguém quer morrer e muito menos ir para o inferno (como vimos no
vídeo).
No fundo, até aqueles que dizem não acreditar em nada, creem no
que nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (1021-1022): “a morte põe termo à
vida do homem, enquanto tempo aberto à aceitação ou à rejeição da graça divina,
manifestada em Jesus Cristo... Ao morrer, cada homem recebe na sua alma imortal
a retribuição eterna, num juízo particular que põe a sua vida em referência a
Cristo, quer através de uma purificação, quer para entrar imediatamente na
felicidade do céu, quer para se condenar imediatamente para sempre”.
Aqui abro um parêntese para afirmar que o Inferno existe e não
está anulado pela "Misericórdia de Deus" (ver Catecismo da igreja
Católica, 1033-1036). Morrer em pecado mortal, sem estar arrependido nem
acolher o amor misericordioso de Deus é escolher ir para o Inferno para sempre.
“O ensinamento da Igreja afirma a existência do inferno e da
eternidade. As almas daqueles que morrem em pecado mortal descem aos infernos
imediatamente depois da morte e ali sofrem as penas do inferno, “o fogo
eterno”. A pena principal do inferno consiste na separação eterna de Deus em
quem unicamente o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado
e pelas quais aspira”. (Ver Catecismo da igreja Católica, 1033-1036)
Os Santos, no entanto, não só tinham meditavam os Novíssimos
frequentemente, mas também pregavam sobre eles aos outros. Um deles foi o
grande Santo Afonso Maria de Ligório, Doutor da Igreja. Em seu livro intitulado
“Preparação para a morte” ele nos ajuda a contemplar sobre essa realidade dos
Novíssimos.
Aqui trago alguns trechos desse livro que encontrei no site do
Lepanto. Meditemo-los para a nossa conversão e consequente salvação.
Pollyanna Costa
Fonte:https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1606349149621413&id=1563845390538456
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